. O Papa do Hip Hop e A Radialista de Curitiba - pic's Bruna Bazzo

Salve Bam!!!!

Tive a oportunidade de conversar com Bambaataa aqui em Curitiba em sua turnê pelo Brasil, e ele deixou um salve especial pros ouvintes do H2R - em breve o programa estará hospedado no Portal Bocada Forte e você poderá conferir o ícone do HipHop que foi simpatíssimo e atencioso .

. old school, new school, TRUE is cOOl .

Afrika Bambaataa – era integrante da Black Spades, gangue temidíssima de NY, mas percebeu que não o levaria a lugar nenhum. Nos anos 7O organizava as chamadas Block Parties. (um sonho que vou realizar aqui em Curitiba). Segundo a Universal Zulu Nation foi ele que descreveu o HipHop como o movimento de ‘balançar os quadris’ ao som da música durante a dança. E assim ficou conhecido desde os anos 8O como o Papa do Hip Hop - com a aclamada Planet Rock e a turma Soul Sonic Force – que é sucesso no mundo todo.

Poucos sabem, mas por trás da forte alcunha, no dialeto Zulu – significa ‘Líder Carinhoso’.

Bam é um futurista. O elemento que falta para completar uma série do elo perdido, nessa classificação, como nota-se em seus beats eletrônicos e vocais robóticos.

Bambaataa impulsiona por onde passa a mensagem da Universal Zulu Nation, da Cultura HipHop, que visa principalmente a PAZ.

Eu particularmente gosto do Afrika, porque ele tem visão futurista. Ele não desmerece a carreira de nenhum dos irmãos, independente disso, quem realmente os comanda são os programas de rádio comerciais que ‘programam a sua mente’ – o que não acontece no HipHopRadio que abre espaço para todos os artistas independentes ou não.

Se você escuta algo novo, você sempre ouvirá algo mais antigo, essa é a arte de samplear. Logo, se o H2R rola no programa sons novos, o H2R abre espaço para trabalhos mais velhos. É uma mistura de todos os tempos. No H2R os ouvintes podem escutar variadas vertentes da música. E assim as pessoas vão perceber que o que se usava no passado, é usado no presente. Só assim os ouvintes poderão perceber a diferença. O H2R transmite equilíbrio na programação. Artistas que não acrescentam de maneira cultural saem da cena. Nunca fugiremos do bom e do ruim, isso é equilíbrio, é o Ying e Yang. O importante é nos apoderáramos do conhecimento.

Bom, o que eu quero aqui registrar é que Afrika Bambaataa é um cara incrível, de simpatia e simplicidade exclusiva. O set dele dançante pra caramba, não parei um minuto na pista. Ele garimpou vinis brasileiros e misturou o funk carioca, Tony Tornado, batidas fortes do samba, soltou obviamente James Brown, rolou Salt’n Pepa, um trechinho mínimo de Planet Rock que só deixou mais ainda na vontade. E faltou Got that Vibe.

Foi um set vibrante que deixou a pista toda felizaçaaaaaa.

Acredito que por onde Bam viaje, ele viu e vê o passo a passo da Cultura de Rua englobar todas as vertentes do movimento criado por ele - que utilizou gravações já existentes de diferentes tipos de música para criar RAPs, misturando ao canto falado trazido pelo DJ Kool Herc.

Na escuta: diretamente do disco da lenda atemporal - Afrika Bambaataa - Got that Vibe ft King Kamonzi – do álbum intitulado Dark Matter Moving At The Speed Of Light. Essa parceria que saiu da Tommy Boy Records com a gravadora ST2 – lançou esse disco do influente e ícone da música mundial. Bam, o campeão das gravações, sempre atinge com perfeição seus beats e consegue ultrapassar seus próprios limites. Nesse álbum ele captou a essência do som africano e sempre com o intuito de promover a paz e alegria a todos com seus discos modernos - talentoso repleto do mesmo espírito. A música que ajuda edificar conscientemente uma ponte cultural e de cooperação. O álbum foi fiel ao Funk e trouxe de volta o som que estava fazendo falta.

Vamos celebrar a VIDA!!